Embora o diagnóstico da endometriose seja mais comum por volta dos 30 anos, ela pode acometer pacientes mais jovens, ainda na adolescência.

Quando desconfiar da endometriose?

– Dor intensa 

A cólica menstrual (dismenorreia) ou a dor fora do período menstrual (dor pélvica crônica), quando intensas, devem ser investigadas e podem estar associadas à endometriose. Tratam-se de dores que não melhoram com analgésicos comuns, podem piorar progressivamente e, muitas vezes, levam a adolescente ao pronto socorro.

Além da dor intensa, sintomas como náuseas, vômitos, perda do apetite, dor ao evacuar(disquezia), dores lombares, diarreia, irritabilidade, dores de cabeça e dores nas pernas podem estar associados ao quadro.

Essas dores podem surgir já a partir da primeira menstruação (menarca), bem como meses ou anos depois. 

– Isolamento social 

Devido à dor, a adolescente pode experimentar alterações de humor frequentes, fazendo com que ela mesma não compreenda o que está acontecendo.

Não é incomum a adolescente passar a evitar compromissos, afastar-se dos familiares e até dos amigos, por vezes com quadros de ansiedade ou depressão.

– Uso de contraceptivos para controle das cólicas 

Diversos estudos científicos têm demonstrado que adolescentes que necessitam de contraceptivos hormonais para o controle de cólicas menstruais possuem maior risco de terem ou de desenvolverem endometriose durante a vida. 

Fique atenta!

O diagnóstico precoce da endometriose pode melhorar a qualidade de vida. 

É importante detectar a doença precocemente antes que ocorra o acometimento de outros órgãos, como uma forma inclusive de prevenir a infertilidade.

Pais, professores, avós, amigos e você que é adolescente, observem os sintomas. No caso de cólicas menstruais ou de dor pélvica intensa fora do período menstrual, procure uma avaliação com ginecologista experiente. 

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