Desde a primeira biópsia realizada por um robô em humano em 1985, o desenvolvimento da cirurgia robótica vem crescendo a passos largos, oferendo uma opção de tratamento inovadora e muito mais precisa em especialidades médicas como Urologia, Cirurgia Geral, Cirurgia Torácica, Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Ginecologia.

Também chamada de laparoscopia assistida por robô (ou robô-assistida), a cirurgia robótica é uma cirurgia minimamente invasiva que permite ao médico a realização de cirurgias cada vez mais complexas com altas taxas de sucesso.

Estima-se que, desde 1990, mais de oito milhões de cirurgias robóticas foram realizadas no mundo, sendo cerca de 15 mil no Brasil. 

Quais as vantagens da cirurgia robótica ginecológica em relação à cirurgia convencional (laparotomia) e à laparoscopia?

Quando comparadas à cirurgia convencional (laparotomia), as cirurgias minimamente invasivas (laparoscopia e cirurgia robótica) promovem diversos benefícios, tais como redução do trauma cirúrgico, cortes pequenos no abdome, menos sangramento intraoperatório, menor tempo de internação e recuperação pós-operatória mais rápida.

A cirurgia robótica traz vantagens importantes em relação à laparoscopia não robótica, pois permite ao médico operar locais de difícil acesso com mais facilidade e com maior precisão, através de avançados recursos visuais, pinças mais articuladas e com maior mobilidade, maior ergonomia e maior conforto para o cirurgião.

  • Maior mobilidade das pinças cirúrgicas robóticas 
  • Maior precisão dos movimentos
  • Menor sangramento durante a cirurgia 
  • Menor tempo de internação 
  • Recuperação pós-operatória melhor que a da cirurgia convencional (laparotomia)
  • Menor tempo de afastamento das atividades cotidianas e do trabalho.

Quem opera o paciente? 

Pode dar a impressão que é o robô quem opera a paciente, o que não é verdade.  A cirurgia é totalmente controlada pelo médico, que dirige todos os movimentos do robô a partir de uma “console”. A console é na verdade uma completa estação de trabalho, onde, através de um monitor, o médico tem visão completa do campo cirúrgico, bem como acesso a pedais e controles manuais pelos quais comanda os movimentos dos braços robóticos inseridos no corpo da paciente. Os controles manuais “mexem” os braços do robô, aos quais estão conectados as pinças e os instrumentos que o médico utiliza para realizar a cirurgia.

Qualquer médico pode realizar a cirurgia robótica? 

Para realizar cirurgias robóticas, o médico deve se qualificar através de um extenso e criterioso treinamento, e obter o certificado especial que atesta a sua capacitação.

Os convênios cobrem cirurgias robóticas? 

Atualmente, ainda não temos resolução oficial específica nesse sentido.

Tratamentos cirúrgicos laparoscópicos costumam ser cobertos pelos convênios brasileiros e, portanto, como a cirurgia robótica é um tipo de laparoscopia, é possível que os custos hospitalares e de honorários médicos sejam cobertos pelo convênio. Entretanto, fica de fora dessa cobertura a taxa específica da utilização do robô, que deve ser paga ao hospital diretamente pelo paciente caso opte pela cirurgia robótica.

Obviamente, o médico escolhido para realizar a cirurgia deve ser especialista em cirurgia robótica.

Quais as principais aplicações da cirurgia robótica em Ginecologia?

Diversos centros hospitalares já contam com robôs em todo o Brasil, avanço que já chega ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Algumas cirurgias ginecológicas que podem ser realizadas pelo robô: 

  • Miomectomias (etirada de miomas)
  • Histerectomias (retirada do útero)
  • Ooforectomias (retirada dos ovários)
  • Ooforoplastias (retirada de cistos de ovário)
  • Salpingectomias (retirada das tubas uterina)
  • Retirada de aderências pélvicas
  • Tratamento de endometriose.

A cirurgia robótica é uma opção para seu tratamento cirúrgico. 

Cada tratamento é particular e a escolha da técnica cirúrgica (convencional, laparoscópica ou robótica) deve ser individualizada caso a caso.  Não deixe de esclarecer as dúvidas sobre seu tratamento com o médico.