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Endometriose
O que é?
O útero possui uma camada interna chamada endométrio.
A endometriose é uma doença caracterizada pela implantação de células do endométrio em outros órgãos ou na parte externa do útero.
A endometriose é uma doença frequente?
Sim. Acomete em torno de 10% das mulheres durante sua vida reprodutiva, ou cerca de 170 milhões de mulheres no mundo.
O que causa a doença?
Fatores genéticos, ambientais, epigenéticos e imunológicos vêm sendo apontados como causadores da doença, embora sua causa ainda não seja totalmente conhecida.
Quais os principais sintomas?
- Cólicas menstruais intensas
- Dor na relação sexual (dispareunia)
- Dificuldade de engravidar (infertilidade)
- Distensão abdominal
- Dor ao evacuar (disquezia)
- Sangramento ao evacuar (hematoquezia)
- Dor ao urinar (disúria)
- Sangramento ao urinar (hematúria)
- Dor lombar
- Dor que piora na menstruação (em qualquer lugar do corpo)
- Sangramento umbilical
Existem mulheres com endometriose que não apresentam sintomas?
Sim. Nesse caso, a doença pode ser eventualmente detectada durante o exame ginecológico realizado pelo médico ou em exames de imagem.
Como diagnosticar?
A suspeita de endometriose surge quando a mulher tem sintomas da doença, em especial a dor ou infertilidade. São dores comumente de forte intensidade que não melhoram com analgésicos comuns (dipirona e paracetamol, por exemplo) frequentemente associadas ao período menstrual. Essas dores podem piorar progressivamente, levando a mulher a procurar um pronto-socorro.
Exames de imagem para mapeamento da doença:
- Ressonância magnética especializada
- Ultrassonografia com preparo intestinal
Tipos de endometriose
- Peritoneal ou superficial
- Profunda ou infiltrativa (forma mais grave da doença, podendo acometer intestino, região retrocervical, sistema nervoso, diafragma)
- Endometrioma ou endometriose ovariana
- Endometriose de parede abdominal
- Endometriose umbilical
- Endometriose no diafragma
- Endometriose no sistema nervoso
Localização
- Peritônio
- Tubas
- Ovários
- Superfície externa do útero
- Vagina
- Ligamentos da pelve
- Bexiga urinária
- Ureteres
- Intestino
- Umbigo
- Parede abdominal
- Diafragma
- Pulmões
- Pleura
- Nervos
Como tratar?
Tratamento
- Medicamentoso
- Cirúrgico
- Fisioterapêutico
- Nutricional
- Por acupuntura
- Psicológico
Tratamento medicamentoso
- Analgésicos
- Anti-inflamatórios
- Opióides
- Derivados da codeína
- Antidepressivos
- Hormônios (pílula oral, anel vaginal, adesivo, implante subdérmico, DIU hormonal, análogos de GnRH, inibidores da aromatase)
Tratamento cirúrgico
- Cirurgia aberta convencional
- Cirurgia minimamente invasiva
- Laparoscopia
- Cirurgia robótica
Fisioterapia
Muitas mulheres desenvolvem dores relacionadas a contração da musculatura que podem melhorar com tratamento de fisioterapia especializada.
Nutrição
A dieta equilibrada e anti-inflamatória contribui para melhora significativa dos sintomas.
Psicologia
Apoio psicológico pode trabalhar questões relacionadas a sintomas depressivos, baixa autoestima, entre outros.
Observações
- O objetivo do tratamento é restabelecer a qualidade de vida da mulher.
- O diagnóstico da doença é ainda muito demorado para muitas mulheres. Por isso, fique atenta aos sintomas de dor ou desconforto, principalmente se relacionados à menstruação.
- Vá ao médico se não está conseguindo engravidar espontaneamente.
- Não é normal ter dor na relação sexual.