Outubro Rosa é a campanha realizada no mundo todo para conscientização sobre o câncer de mama e tem como objetivo principal a prevenção desse tipo de câncer e o seu diagnóstico precoce.

O câncer de mama é o câncer mais frequente nas mulheres e, segundo o INCA (Instituto de Câncer), o Brasil terá cerca de 66 mil casos dessa patologia em 2020.

Existem vários fatores de risco para o câncer de mama, e identificá-los pode levar a mulher ao diagnóstico e ao tratamento de forma mais rápida e precisa. 

O primeiro fator de risco é a idade. Embora o câncer de mama possa aparecer em qualquer idade, mulheres com mais de 50 anos apresentam maior risco de desenvolver a doença.  

Outro fator importante é o histórico familiar. Mulheres com parentes consanguíneos que tiveram câncer de mama ou de ovário, principalmente quando em idade jovem, possuem risco aumentado. Isso porque mutações genéticas que predispõem as suas portadoras a esse tipo de câncer são transmitidas hereditariamente, sendo as principais o BRCA1 e BRCA2. 

Exposição a substâncias químicas e a agrotóxicos, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, exposição prolongada a radiação ionizante, exposição a hormônios por longos períodos, também são fatores de risco.

Por outro lado, a amamentação e a adoção de estilo de vida saudável podem proteger a mulher do câncer de mama. 

Realizar o auto exame da mama é importante, embora não identifique lesões precocemente. Para realizá-lo, não é necessária nenhuma técnica especial. Consiste na observação e palpação das mamas pela própria mulher. Pode ser realizado no banho ou deitada e as mamas devem ser palpadas em toda a sua extensão, iniciando na axila. Pelo auto exame, a mulher consegue detectar mudanças na cor da pele (como vermelhidão ou aspecto em “casca de laranja”), saída de alguma secreção das mamas, a presença de nódulos ou de qualquer outro espessamento no tecido mamário. Frente a qualquer mudança, a orientação é procurar o ginecologista assim que possível para uma avaliação detalhada.

O rastreamento do câncer de mama deve ser feito principalmente pela mamografia, exame que pode detectar pequenas lesões, inclusive quando ainda não são palpáveis e, com isso, permitir que o diagnóstico seja feito precocemente e, consequentemente, reduzir as taxas de mortalidade pela doença. Microcalcificações agrupadas, por exemplo, são observáveis à mamografia, mas não à palpação. O Ministério da Saúde recomenda a realização da mamografia a cada dois anos nas mulheres a partir dos 50 anos de idade. A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) e a Sociedade Brasileira de Mastologia recomendam a realização da mamografia anualmente em mulheres a partir dos 40 anos. Mulheres com fatores de risco devem iniciar as mamografias mais precocemente, sob orientação de seus ginecologistas.

A ultrassonografia das mamas tem seu papel no rastreamento do câncer de mama em mulheres jovens, bem como a ressonância magnética, realizada nos casos mais complexos. 

Não deixe de examinar, tocar e observar suas mamas, e não tenha medo de realizar a mamografia. A prevenção é a melhor arma da mulher contra o câncer de mama.