Os pólipos uterinos acontecem quando ocorre um crescimento excessivo das glândulas que revestem o útero internamente, formando uma espécie de “bolinhas” ou projeções. 

Com origem relacionada a múltiplos fatores, diversos estudos admitem haver associação com maiores variações dos hormônios estrógeno e progesterona presentes em algumas mulheres. Podem aparecer em qualquer idade, sendo mais comuns durante o climatério. Sabe-se também que a obesidade, os ovários policísticos são exemplos de situações relacionadas ao maior aparecimento dos pólipos uterinos. 

São chamados de pólipos endometriais quando crescem na cavidade uterina e pólipos endocervicais quando crescem no canal do colo uterino. 

Sintomas

A maioria dos pólipos não provoca sintomas. Quando presentes, os principais são: 

  • Sangramento anormal principalmente pré e pós-menopausa;
  • Sangramento nas relações sexuais;

Infertilidade ou dificuldade de engravidar.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito pela ultrassonografia, mas é a histeroscopia que permite a visualização direta da cavidade uterina, do canal do colo uterino e do próprio pólipo. Pólipos endocervicais, podem ser vistos no próprio exame ginecológico, já que alguns pólipos podem ser vistos pelo orifício externo do colo uterino.

Pólipos devem obrigatoriamente ser removidos?

Essa é uma dúvida muito frequente e segundo estudos científicos recentes, não é possível concluir que o pólipo uterino possa se modificar em câncer do endométrio. Porém, embora a presença de células atípicas ou de câncer no pólipo uterino seja bem pequena, a remoção dos pólipos uterinos costuma ser indicada na maioria das vezes, principalmente se existem fatores de maior risco para alterações celulares pré-malignas ou malignas como nas mulheres que estão no climatério, nas usuárias de tamoxifeno, em portadoras de ovários policísticos ou obesidade, quando os pólipos são grandes (com 1,5 cm ou mais) ou quando provocam sangramento.

Os pólipos uterinos podem ser retirados por histeroscopia, técnica cirúrgica minimamente invasiva em que se utiliza de uma câmera de vídeo para guiar o ginecologista até o pólipo e permitir a sua remoção. Alguns pólipos podem ser removidos ambulatorialmente sem anestesia. Outros, devem ser removidos no centro cirúrgico com anestesia, procedimento também minimamente invasivo, rápido e com recuperação pós-cirúrgica que costuma ser tranquila.