Dados atuais apontam que cerca de 40% das mulheres com endometriose têm dificuldade de engravidar e, como nem todas as mulheres com endometriose tem cólicas menstruais ou dor na relação sexual, muitas vezes é a busca de uma reposta para essa dificuldade que leva ao diagnóstico da endometriose. A endometriose acomete cerca de 10% das mulheres durante a vida reprodutiva.

Vários fatores podem contribuir para a dificuldade de engravidar das mulheres com endometriose. O processo inflamatório crônico resultante da doença pode levar à formação de aderências pélvicas e a outras alterações anatômicas e, como consequência, prejudicar ou até impedir a captura dos óvulos pela tuba. Observam-se também alterações na qualidade dos óvulos e maior dificuldade na implantação do embrião dentro do útero (nidação) devido a modificações promovidas pela doença em sua parte interna (endométrio).

É importante destacar que a evolução da doença pode gradualmente comprometer a capacidade reprodutiva da mulher com endometriose. O desejo de engravidar pode vir em um momento em que essa capacidade já se tenha reduzido em função da doença. Logo, ainda que a mulher com diagnóstico de endometriose não pretenda engravidar no curto prazo, deveria considerar aconselhar-se com um especialista no sentido de planejar gestações futuras – ainda que distantes.

O tratamento da infertilidade decorrente da endometriose é feito caso a caso. Dependendo da idade da paciente, pode ser indicada a captura e a preservação de óvulos para uso futuro antes do tratamento cirúrgico. Em outros casos, de acordo com o estágio da doença, pode ser indicada a utilização de técnicas de reprodução assistida. O especialista em endometriose é o profissional capacitado para realizar o planejamento necessário para aumentar as chances de engravidar na paciente com endometriose.

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